nem dor se sente.
tem um quê ausente
que em tudo andava antes.
que era aquilo?
que espera...
amargo e longo momento.
minhas palavras de brilhantes,
quando em pouco as perdi?
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...a poesia não é remédio, como eu achava que era antes...
canto pra falar do nada
pra dizer tudo
em coisa alguma.
pontos de luz na treva
ou pontos de treva na luz?
porto pras minhas palavras
singelamente plurais e (im)puras.
segunda-feira, 23 de julho de 2007
terça-feira, 17 de julho de 2007
pedraria

amor, viu a última grande muralha
que se ergueu em plena madrugada?
foi construída com laço de sangue
em segredo pela aurora fria.
o sol que brota, não mais da montanha,
mas da muralha sombria,
tudo separa e tudo aponta
revelando podre a verdade fina.
suas pedras, seus lamentos,
sua concreta harmonia dissonante e seca,
tudo em volta e dentro da parede
que bota sede na alma sadia.
saciaria alma, se pudesse,
mas alma de pedra não fala
por trás da parede
-esquife eterno de solidão.
amor, viu a última grande muralha?
não se preocupe, não procure, amor.
a muralha não está no horizonte.
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que se ergueu em plena madrugada?
foi construída com laço de sangue
em segredo pela aurora fria.
o sol que brota, não mais da montanha,
mas da muralha sombria,
tudo separa e tudo aponta
revelando podre a verdade fina.
suas pedras, seus lamentos,
sua concreta harmonia dissonante e seca,
tudo em volta e dentro da parede
que bota sede na alma sadia.
saciaria alma, se pudesse,
mas alma de pedra não fala
por trás da parede
-esquife eterno de solidão.
amor, viu a última grande muralha?
não se preocupe, não procure, amor.
a muralha não está no horizonte.
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palavra de pedra
palavra perdida
no meio do caminho
andar com teu peso, que tua arma e arremesso
presos no peito, dilacera todo e qualquer sonho.
sai de mim, já não te quero, excedente
peso frio dos meus mortos amigos e amores.
quero de novo meu corpo-pedra
que se não amava, não cantava,
mas também não chorava, não gemia
no sorriso algoz dessa vida.
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andar com teu peso, que tua arma e arremesso
presos no peito, dilacera todo e qualquer sonho.
sai de mim, já não te quero, excedente
peso frio dos meus mortos amigos e amores.
quero de novo meu corpo-pedra
que se não amava, não cantava,
mas também não chorava, não gemia
no sorriso algoz dessa vida.
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