onde um fio amolado na golada
me bebia inteiro pela sala.
me beijava com dedos de malícia,
que nos pecados cacheados da noite
fazem milagres de delícias.
me dava os seios, me dava a vida,
como se nada mais houvesse
- e nada mais havia.
me amava na magra madrugada,
cuja a fome amarga só a pele macia
de um jovem sacia, suada.
matava sua solidão e o tédio,
como se eu não soubesse
que a solução era eu.
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