taciturno, carrancudo, áspero,
recluso, casulo de prata e sal...
como te adoro, nesses dias,
minha pequena solidão!
me abastece e me bastarda
dessa pequena e alegre agonia
eu, teu filho santo e sacro, estou perdido
em algum canto da cama de dossel.
o quarto parece imenso como o silêncio
que se propaga sobre as montanhas roxas
de luto eterno pelo Nosso Senhor
nascido de rocha e madeira
o silêncio parece pequeno
quando comparado a palavras
tão minhas quanto vazias
de insenso e oblação
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foto: http://www.photografos.com.br/exibirfoto.asp?id=56069
Ser Mão - Marcelo Lelis (15/04/2006)
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