de cambraia empoeirada como vestes,
a mãe da sofredora das pestes
reza à morte que seja benfazeja.
criatura imunda, a criança,
já de decompõe no colo maternal
sedenta, a rasgar-lhes as mamas
com a gengiva, à procura de leite.
a mãe se contorce, sofre calada,
miséria muita a sua, a seca
pecado seu, aquela vida nova e pouca.
como o couro das vacas, cravejado
só por abutres, ao eterno meio-dia,
só o peito da mãe, ao ver morrer a filha.
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