do alto, arranha-céus, na triste alegoria.
no alto, a pobreza, a vigiar solene o paraíso.
acima, o mar azul, com ondas de núvem e sorriso.
chove caos e alegria, por sobre a maravilha
que cariocamente se esparrama na praia,
com castigos de osíris e honras de orixás
entre as rochas e areia, afrodisíacos.
à parte os montes se refrescam na brisa,
a imensa catedral de vidros encarnados,
o teatro magestral de vivos espíritos
e dourada fachada, por dentro vazio,
os arcos, que já perderam a aliança
como criança que perde o bonde
sonhando chegar a Saudade
sonhando comer o pão de açúcar.
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