se eu tivesse o sonho
que eu não tenho,
dançaria na chuva
enregelada de amor.
se eu tivesse o sonho
que eu não tenho,
beijaria o som
de tua terna voz.
se eu tivesse o sonho
que eu não tenho,
regaria teus pés
com olorosos perfumes.
se eu tivesse o sonho
que eu não tenho,
saquearia da noite
as tenras estrelas.
se eu tivesse o sonho
que eu não tenho,
desejaria mais um
para não ficar só.
ah, se eu tivesse um sonho...
seria sonhar realidade
mais pura, mais branda
e mais ardente - tempestade.
canto pra falar do nada
pra dizer tudo
em coisa alguma.
pontos de luz na treva
ou pontos de treva na luz?
porto pras minhas palavras
singelamente plurais e (im)puras.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
arremessos
Atirei
uma pedra
no rio.
sorrio
sozinho
a espera
das ondas.
a pedra
fincou
o pé
na água,
e ficou
pra dançar
no raso
do rio.
uma pedra
no rio.
sorrio
sozinho
a espera
das ondas.
a pedra
fincou
o pé
na água,
e ficou
pra dançar
no raso
do rio.
domingo, 12 de outubro de 2008
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
mil coisas
de repente, inadivertidamente, passam mil coisas na minha cabeça. cada um com um peso diferente, com um nome diferente, com um destino diferente.
e eu no meio e eu abaixo disso, imaginando as coisas mais escuras ou claras do que elas são, sem saber o que me diferencia delas. sem saber o que me liga a elas. sem saber o que ser.
sem saber o que dizer para me reconfortar dessa pontada de desânimo, dessa manhã clara, nessa vadia sorte de principiante, que escolhe a todos e à ninguém.
vai ser difícil, pensei, mas nem tanto.
há coisas piores do que cair no poço.
não encontrar a saída desse, não saber onde é pra cima. não saber que sempre se está no poço.
não saber que isso nnão é ruim. não entender e se matar aos poucos por isso.
mas as coisas continuam no fluxo de um rio. cair no poço pode te levar por leçóis de terra, abaixo dos pés e da razão. até florescer como água nova, lívida, fundamental e precária.
e eu no meio e eu abaixo disso, imaginando as coisas mais escuras ou claras do que elas são, sem saber o que me diferencia delas. sem saber o que me liga a elas. sem saber o que ser.
sem saber o que dizer para me reconfortar dessa pontada de desânimo, dessa manhã clara, nessa vadia sorte de principiante, que escolhe a todos e à ninguém.
vai ser difícil, pensei, mas nem tanto.
há coisas piores do que cair no poço.
não encontrar a saída desse, não saber onde é pra cima. não saber que sempre se está no poço.
não saber que isso nnão é ruim. não entender e se matar aos poucos por isso.
mas as coisas continuam no fluxo de um rio. cair no poço pode te levar por leçóis de terra, abaixo dos pés e da razão. até florescer como água nova, lívida, fundamental e precária.
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