de se esforçarem tanto
canto pra falar do nada
pra dizer tudo
em coisa alguma.
pontos de luz na treva
ou pontos de treva na luz?
porto pras minhas palavras
singelamente plurais e (im)puras.
domingo, 16 de maio de 2010
indefinívivel
existe qualquer coisa na minha mediocridade que me diverte.
algo, que, na ingenuidade me fascina e na pequenez me vejo enorme,
como o ego de uma criança.
como quando choro e a lágrima sai doce, ou o suor vira perfume,
quando como quitutes de vovó, já velha, que estão sem gosto
lambendo os beiços de minha meninice.
como quando olho o horizonte e penso que o futuro será simples,
ou sinto o peso da idade nos meus joelhos - jovens e cansados - ao subir a colina para ver a cidade brilhar de noite, como um enxame de vaga-lumes.
quando quero ficar cego de olhar pro Sol, ou quando rezo pra Lua que parece me seguir em todo lugar - como os sonhos que não morrem nunca.
quando vejo os prédios como refúgios de alegria, e as praias como brinquedos enormes para a infância - que brinca de descobrir mundo inteiros na água rasa, sem nem imaginar ainda os oceano como essa gigantesca gota d'água.
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