na boca da morte rendeira,
das tramas da sorte agoureira
é rainha da noite, é guerreira.
mais longe que amores amantes
se fossem lá soprar, distantes,
maior que os menores andantes
a dança que é fogo incendeia
se tem prata no mar, lua cheia,
êh, nas ondas do mar cambaleia
mil folhas se agitam dançarinas,
no afago do vento, meninas,
a cansar de rotina as retinas.
na vela sem fogo desfaz-se
na carne um silêncio sem face
da terra é um grito que nasce
na boca da noite, rainha,
que a espada da dor embainha
é calor, é tambor, é mãinha.
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dos feitiços que cruzaram os mares, amar foi o que me ensinastes
e viver no negreiro navio, que parte sem buscar caminho.
ó, mãe áfrica, minha dor, meu sangue, onde estão seus fuzis e seus tanques?
enterrados no mar oceano, outrora seus mais graves danos.
e se agora és clamor aflitivo, ainda nos dará um festivo,
'inda vossos frutos nossos filhos.
*pro sangue de negro que chora e faz folia no meu corpo inteiro.
Um comentário:
que renascêntico
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