sexta-feira, 5 de outubro de 2007

entregas - desintegras

é sempre como amanhecesse
todo um sol, rebentando núvens,
quando enlaçamos nossos sorrisos.

quando estou em sua companhia.
sempre levanta uma brisa no peito
fazendo dessa vida inteira alegria.

saberiam lá os pássaros mais jovens
o quão grande era nossa liberdade?
quão alto voavam nossos sonhos?

mas é que sempre vem a noite
sorrateira, confundir os passos.
desatando, num instante, dois caminhos.

seus cabelos, despedindo-se ao vento,
dançavam à beira-mar. cada pegada
cravada na areia setencia a distância.
não sabia eu, que cedo ou tarde,
tudo que se faz nesse mundo, finda:
nosso laço, teu abraço, minha fantasia.

não sabia eu que era tudo erro,
mal percebia o engano custoso
que construíra com o tempo:

me abandonei em teus braços.
teus braços me abandoram
no esquecimento.

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