segunda-feira, 7 de julho de 2008

desmatérias

algo como um grama de beleza
está perdido do teu rosto. caiu
e - benção! - veio dar no meu olho
como um cisco de um sonho.

que parte mais de ti carrego eu
que comigo embolo a balada?
e na novela inenarrada, quê
de tudo mais que anda nessa terra?

saiba que contigo levas, despecebida,
grande parte de minha alma,
e mesmo dessa lama que escorre
dos meus dedos, filho do barro que sou.
--

do dia que me apaixonei pela Vênus de Milo.

Um comentário:

R. Avancini disse...

É que às vezes a imaginação rompe o laço da metéria, e joga fora toda aquela coisa que tinha na cebça antes...

A isso eu chamo de poesia.