sábado, 17 de setembro de 2011

o último setembro

agora é um nunca mais de ilusões:
janela fria, rio largo, montes a menos,
portos a mais, suaves membros
a deslizar sob os gestos violentos.

nessa suave tempestade abrasiva
que entre penas e bicos refestela
a pouca margem que existe
para oceanos de mais, pouca terra

para o que insiste em ser poema
e novela, e novena e persistência
duma esperança que jamais se afoga,
mas entre as ondas, se cansa.

há pedras demais pra pouca terra.
areia demais, tempo de menos
nessa ampulheta larga e pura
que a vida faz na foz dos horizontes.

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