segunda-feira, 10 de novembro de 2008

dum lugar no tempo

de todos os cantos
murmuram livros de vento
com vozes de pardal e sabiá.

a tarde enaltece a paisagem,
as idéias suspiram novos lares
e repousam nas prateleiras.

olhos atentos procuram
palavras, versos, teorias.
a tarde anoitece a passagem.

a porta está entreaberta,
as crianças gingam, esculacham,
e cadecem de novos horizontes.

há uma infância toda
enclausurada e livre
nas mãos de Fernandos, de Carlos, de Ligias e Cecílias.

cada página respira.
vilas aparecem, passam laranjeiras.
Lucas lê Crosué nas casas de Minas.

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