de todos os cantos
murmuram livros de vento
com vozes de pardal e sabiá.
a tarde enaltece a paisagem,
as idéias suspiram novos lares
e repousam nas prateleiras.
olhos atentos procuram
palavras, versos, teorias.
a tarde anoitece a passagem.
a porta está entreaberta,
as crianças gingam, esculacham,
e cadecem de novos horizontes.
há uma infância toda
enclausurada e livre
nas mãos de Fernandos, de Carlos, de Ligias e Cecílias.
cada página respira.
vilas aparecem, passam laranjeiras.
Lucas lê Crosué nas casas de Minas.
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