o hoje nasceu badalando
- louco dizia ser de paz.
mas com uma batida
virou o mundo.
os homens de ponta-cabeças,
mulheres de saia pra cima,
as rosas desgerminavam
uma dança que nunca termina...
e tudo dizia o sino
do alto da igreja
- a senhoria morta ao batizado,
o elipse, eclipse, apocalípse...
lapso!
o poeta, sim, amanheceu
louco
pra dizer tudo que queria,
pra cantar tudo que ouvia,
pra calar a tudo no ponto,
pra morrer assim,
feito chuva que estia.
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mas as curvas que traçou
essa ficarão
na terra entrevada
pra enlouquecer
ainda e mais
os meninos da lua
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