quinta-feira, 12 de outubro de 2006

d'água


da lágrima de riso,
de torpor da pena,
de traço, de pequena
e singela.
da janela sem fim
que cai na lama.

gotas
todas elas
e qualquer uma.

todas elas
(tão iguais?)
e tão singelas...

mas me acolhem
na manto de yamanjá
no tridente de poseidon
no suor de deus.

me dissolvem puro
no universo azul.

e eu sou ainda
menor
que gota d'água.

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