segunda-feira, 30 de outubro de 2006

fissura


que exploda o mundo num segundo momento
e todas as idéias sem qualquer lamento
e todas as vozes em unissono sereno
e os inocentes vestido de veneno
e toda dor que corrói com o vento
e todos os rostos tortos do pensamento
e todo medo que me cega lento
e todo grito e toda morte e todo sopro
e todo tudo e poucos e loucos e mudos
e cegos do peito demente
e tudo em parte e sempre

que se exploda tudo
tão logo eu suma
num eclipse atônito

quero a morte atômicada
explosão cósmica
e que tudo finde de novo
pra recomeçar
calmo e morno
depois da meia-noite

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*acredite!
no que
você quiser.

o mundo acaba
todo dia.

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