sábado, 4 de novembro de 2006

rosa de hiroshima


Pense nas crianças mudas telepáticas
Pense nas meninas cegas inexatas
Pense nas mulheres, rotas alteradas
Pense nas feridas como rosas cálida
Mas Só não se esqueça da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima, a rosa hereditária
A rosa radiotiva, estúpida inválida
A rosa com cirrose a anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume, sem rosa, sem nada

(Vinícius de Morais)

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e a rosa
era cinza
e subia leve...

até cair em chuva
radioativa.
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o que se pode dizer
diante da perplexidade
da fissão atômica?

morreu.

mas foi só hiroshima?
eu temo...
e acho que não...

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