terça-feira, 1 de agosto de 2006

Ao indigente andante

procuro teu rosto,
rota perdição de mentes e almas.

acaso não sabe
do tormento que transmite
sem face, em névoa,
na beira do abismo?

sem rosto e sem resto...
o que sobra?

sobra a falta que sinto
no falso dessa face.

minha? sua? nossas?

nuas as faces do mundo
corroídas e sussurrantes
atrás do muro.

Nenhum comentário: