sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Poema vampiro

um brinde largo à poesia sangue-suga,
que arrebata do fundo das veias
a inspiração fluída que se esconde
no recôncavo do universo interno.

suga à superficie da alma
a dor sublime dos deuses
de criar com a palavra simples
mundos e novos mundos
de palavras vagas, puramente.

escorre lento o sangue de letras
da artéria pulsante do poeta.
gritando baixo e sincero
a verdade bruta e incerta:
poeta bom é poeta morto.

morto e seco sobre o papel
que aflora teu sangue escuro
na planície branca e funda da folha,
alagada de sangue puro e podre
do poeta incerto e torto.
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afinal...
de que vale um poeta?
uma pétala de Iroshima.

2 comentários:

««« V£ÅÐ˧KÅ »»» disse...

MATEUS...o que te dizer sobre teu blog... e mais ainda sobre tuas palavras... apenas deixo as gotas de minha lágrima em blinde a tua escrita.

Deskka sempre.

Unknown disse...

Occasum

Johann é imortal. Mas a imortalidade carrega consigo muitas angústias. A maior delas, a falta de um amor que a acompanhe. Ele buscava, como criatura das trevas, uma companheira que pudesse transformar. Ele buscava um antídoto e havia conquistado alguma força compondo poesias, admiradas tanto pelos seus criados, Igor e Fredy, quanto por aqueles que o perseguiam. Seus buquês de palavras, como costumava chamar, era entregue àquelas que admirava. Mas havia uma única rosa em seu caminho, para a qual ele passaria a dedicar sua existência, que não era efêmera. Um vampiro buscando extinguir sua chama assassina através do amor de uma mulher. Pode um soneto de amor aliviar as angústias de uma criatura?

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